Está em formação mais um museu de arte à céu aberto no Brasil!
O Parque Geminiani Momesso, situado a 25 km de Londrina, no Paraná, possui 1,355 milhões de metros quadrados, incluindo 121 mil metros quadrados de mata virgem, que se encontra com o Rio Tibagi.
Essa área, doada pelo colecionador Orandi Momesso, tem sido transformada em um centro onde o público poderá interagir com esculturas, pavilhões expositivos e a natureza.
O projeto nasce com o objetivo de abrigar grande parte da coleção de 5 mil itens que Orandi vem formando há cerca de 50 anos. O lugar já conta com 60 esculturas espalhadas em meio à Mata Atlântica, obras de Rubem Valentim, Claudio Tozzi, José Rezende, Sergio Romagnolo e Gilberto Salvador vão se misturando em meio ao paisagismo desenhado por Rodolfo Geiser.
Há cerca de 12 pavilhões em construção e dois já estão prontos, dentre eles o Pavilhão Ângelo Venosa e a Casa Taipa. O primeiro possui projeto de arquitetura assinado por Reinach Mendonça e abriga uma grande obra Sem título (1987) do artista paulista Ângelo Venosa, rodeada de pinturas de Iberê Camargo, Ivan Serpa, gravuras de Oswaldo Goeldi e esculturas de Ernesto De Fiori. Já a Casa Taipa foi projetada para receber visitantes e artistas em futuras residências artísticas.
Em matéria da Revista Select_Celeste, foi divulgado que mais três galerias devem ser inauguradas nos próximos dois anos, dentre elas o Pavilhão Sagrado, que abrigará a coleção de arte sacra de Momesso, o Pavilhão A Mão do Brasil, com curadorias a serem realizadas a partir de uma coleção de 1.000 peças de arte popular e o Pavilhão Raphael Galvez, com exposições temporárias.
O colecionador que alimenta e exerce a prática curatorial há cerca de 50 anos também está planejando publicações de artistas. Além de ser uma forma de compartilhar recortes da diversidade da sua coleção com o público, é uma maneira de promover a educação e a disseminação da arte pelo país. O próximo lançamento deve acontecer concomitantemente à abertura do Pavilhão Sagrado e, segundo a Revista Select_Celeste, será um livro sobre a imaginária sacra dos séculos 16 a 19, com textos assinados pelo especialista em arte sacra Carlos Lemos.
Destacamos algumas esculturas do espaço: Bocada (2011), de Gilberto Salvador, Totem Ecumênico (s.d.), de Rubem Valentim e Espaço Arco-Íris (2023), de Yutaka Toyota.
O Parque ainda não abriu ao público, mas a data de inauguração foi adiantada de 2028 para 2025. Nós não vemos a hora de poder visitar esse incrível projeto que une arte e arquitetura de maneira tão cuidadosa!