Na Índia, observar homens e mulheres em toda sua exuberância é um programa à parte. Todas as moças, independente da casta, usam sáris, pulseiras, brincos… As misturas são hipnotizantes.
O país tem a cultura de ornamentar tecidos há mais de três mil anos e é reconhecido como o berço da estamparia têxtil. Nehru, que assumiu ao lado de Gandhi a liderança do movimento pela independência, já dizia que “a história da Índia pode ser escrita com seus tecidos.”
A roca de fiar foi, inclusive, símbolo não-violento de Gandhi e da libertação do império inglês. Dizem que ele fiava todos os dias 200 metros de algodão e que aprendeu o ofício para ensinar às pessoas mais necessitadas de pequenas aldeias a tecerem suas próprias roupas, a terem sua autonomia.
Até os Upanishads, tratados filosóficos do período Védico, dizem que “o universo é um pano contínuo tecido pelos deuses, cujo comprimento infinito representa o cosmos e, sua padronagem em ciclos, o desenrolar da vida.” Tão bonita essa reflexão…
JODHPUR
No limite oriental do Deserto de Thar, Jodhpur se mantém fiel às origens, nos presenteando com autenticidade. A joia índiga do Rajastão é um cenário incrível para se observar de perto a diversidade das vestimentas e, claro, para fazer compras!
No centro, estão os comerciantes das barracas e lojinhas no frenético mercado Sardar, coração da cidade velha. Lá, seda, linho e algodão estão por toda parte. Desbravar a cidade atrás de seus ateliês, lojas, fábricas e museus é um mergulho cultural.
Nessa região específica do país, a técnica em alta é o block printing, que também pulsa forte na cidade de Jaipur. O tecido fica esticado numa mesa onde os artesãos carimbam com precisão desenhos com blocos molhados em corantes naturais feitos a partir de cúrcuma, curry, fruta de miróbalo e até cocô de camelo…! As cores, bem como as padronagens, têm conteúdo simbólico e são cheias de significados.
De Jodhpur é impossível sair ileso. Ficamos hipnotizados pela beleza daqueles trabalhos, que não só garantem a sobrevivência dos locais, como preservam suas tradições, muitas vezes passadas de geração em geração.
ONDE SE HOSPEDAR
O hotel Taj Umaid Bhawan é o último dos grandes palácios da Índia. Seu marajá ainda habita a propriedade, o que permite uma surpresa agradável: um encontro inesperado durante um passeio pelos 26 acres de seus jardins exuberantes.
Caminhar por entre escadas feitas com o mesmo mármore do Taj Mahal, afrescos pintados a mão e suítes decoradas no melhor estilo art déco, fascina não apenas pela beleza, mas também pela história que se vai testemunhando. Como as obras de um museu, ou os tecidos do Rajastão, cada detalhe comunica algo de mais profundo.
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