Entre o Peru e a Bolívia, o Titicaca é um dos maiores lagos de altitude do mundo, o maior da América do Sul. Em meio a um emocionante e profundo azul, mais de 90 ilhas flutuantes ocupam o seu lado peruano.
Há naquele lugar uma autenticidade bonita de se ver. Na crença andina, Titicaca é o berço do Pai Sol. A região é habitada – e adorada – por descendentes de um povo que ocupou os Andes antes mesmo do surgimento do Império Inca. Ali sobrevivem tradições milenares, idiomas quase perdidos, trajes coloridos, rituais e oferendas à Cota Mama, a divindade da água.
Ao sul da península Capachica se estabeleceram os Uros, que vivem sobre ilhas flutuantes de totora, uma espécie de junco. A partir da palha da totora, esse povo constrói o chão onde pisa e também suas casas, embarcações e trabalhos manuais.
Os nativos aimará da ilha de Taquile preservam uma linguagem sutil que, a partir das cores de suas vestimentas, comunica intenções e até estados civis. A tecelagem local é uma das mais valorizadas do Peru, tendo sida declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Navegar por esses pequenos povoados e assistir o nascer do sol que reflete nas águas já seria uma experiência daquelas para se guardar na memória, mas é possível vivenciar ainda mais. Imagine almoçar em uma praia linda enquanto os locais exibem os movimentos de suas danças ancestrais e contam mais sobre suas crenças.