ENTREVISTA: ST. MARTIN E ANGUILLA NOS HOTÉIS BELMOND

No início de julho nossa gerente Renata Garcia fez uma viagem a convite dos hotéis Belmond para conhecer St. Martin e Anguilla, ilhas caribenhas de onde ela voltou apaixonada, principalmente pelos tons “azul-esverdeado” e “verde-azulado” do mar. A seguir ela compartilha conosco as impressões dos destinos e dos hotéis Belmond la Samanna e Cap Juluca.

Primeiro de tudo, como se chega a esses destinos?
Há mais de uma forma. Eu voei de São Paulo ao Panamá (cerca de 7h), depois de Panamá a St. Martin (3h). Outra possibilidade é ir até St. Martin via Miami ao invés de Panamá.

De St. Martin até Anguilla, fizemos o trecho de barco rápido ou speed boat, com uma duração média de 30 minutos, podendo variar de acordo com a condição do mar.

Ou para quem não quer fazer o trecho de barco, pode voar de Miami direto a Anguilla ou de outra ilha do Caribe, St. Barth – este, inclusive, é o menor trecho aéreo do mundo, com duração aproximada de 15 minutos.

Diante da infinidade de lugares para se visitar no Caribe, por que escolher essas duas ilhas?
St. Martin vale a pena porque oferece numa mesma ilha duas experiências diferentes: tem o lado que foi colonizado por franceses e o lado colonizado por holandeses, então a diversidade começa já na língua.

Já Anguilla, talvez seja a mais autêntica, a mais rústica e a que preserva mais a sua identidade desde a colonização dos ingleses, então sai um pouco daquele lugar óbvio. É uma viagem para quem quer contato com a natureza e está buscando mais uma reconexão do que a ostentação.

Você comentou que as pessoas foram um destaque para você. Fale mais sobre isso.
O povo local é muito especial, vi os sorrisos mais genuínos e felizes em Anguilla. As duas populações são muito alegres, dispostas a servir, sentem um orgulho enorme por serem de lá, trabalharem lá. Me impressionou terem passado por tudo o que passaram e continuarem sendo povos muito resistentes e resilientes, no bom sentido.

O que você pode dividir sobre a história desse povo?
Vou dar destaque para a ilha de Anguilla, porque acho que poucas pessoas conhecem essa história e por ela ser uma ilha tão pequena que carrega tanto.

Os primeiros habitantes dela, membros dos povos ameríndios, datam de 2000 a.C.. Desde então a ilha foi sendo povoada por uma sucessão de tribos, sendo a mais famosa delas a arauaque, que acreditava nas narrativas baseadas na deusa do sol. Suas crenças religiosas estavam ligadas ao sol, à lua, à terra e aos sagrados. Eles acreditavam que as cavernas que existiam (e ainda existem) ali era onde toda a humanidade se originou.

Depois disso, lá pelo século 15, ou quando chegaram os primeiros europeus, a ilha teve colonização inglesa e francesa, mas acabou sendo tomada pelos ingleses. E o que torna o povo tão autêntico e orgulhoso é especialmente sua independência, quando eles conseguiram retomar toda a herança histórico-cultural e o olhar para os sagrados da natureza.

Outro ponto que tem tudo a ver com o povo e sua cultura é a comida. Fale um pouco da gastronomia local. Algum destaque?
Por se tratar de ilhas e por ambas terem recebido muita influência europeia, as duas possuem pratos que remetem à culinária mediterrânea.

Em St. Martin a culinária é farta e muito rica, com referências não apenas francesas, mas também holandesas e italianas. Há uma infinidade de frutos do mar preparados das mais diversas formas possíveis.

Em Anguilla foi onde comi a melhor lagosta da minha vida! Foi em um barzinho bem simples em uma das praias que visitei, mas que serviu um banquete de frutos do mar e essa lagosta divina. Uma gastronomia de alto nível.

Como foi sua experiência nos hotéis nos quais se hospedou, o Belmond la Samanna e o Cap Juluca?
Com 91 acomodações, o Belmond la Samana tem três tipos de experiências: existem os apartamentos que ficam na casa sede, outros que ficam pé na areia e as villas, que oferecem a sensação de estar em uma casa de praia mesmo. A propriedade fica em uma das praias mais bonitas da ilha de St. Martin, que não é privativa, mas tem uma localização excepcional.

Com 108 acomodações, o Cap Juluca é uma propriedade muito extensa. Todos os apartamentos e as villas possuem um tamanho muito bom, são muito amplas, e absolutamente todos com vista para o mar de Anguilla, que é maravilhoso, com um tom de azul muito especial contrastando com o fundo de areia branquinha.

O que me chamou a atenção em ambos, é a forma como eles trazem esse mar tão lindo para dentro do quarto através dos elementos de decoração, das cores dos lençóis, das toalhas e todos os detalhes.

Quais são as atividades oferecidas? Imagino que tenha muita opção aquática, certo?
O Belmond la Samana, além de oferecer as atividades aquáticas, tem uma superestrutura de academia, com direito a instrutores de yoga. Ele também organiza os passeios que podem ser feitos para outros lugares da ilha. O ponto alto para mim foi um passeio de barco que fizemos para visitar as outras praias, com direito a experimentar o divertido seabob, que é um equipamento parecido com um jet-ski, que te permite deslizar sobre a água enquanto vê o fundo do mar ou mergulhar. St. Martin é uma ilha mais agitada que Anguilla, então também tem um centrinho com lojinhas, uma área com restaurantes…

(Video reprodução Belmond Cap Juluca)

Em Anguilla, no Cap Juluca, tudo está relacionado às praias. O que mais me marcou foi pular da famosa pedra em St. Kitts-Nevis, com uns 10-15 metros de altura. A experiência é tão gostosa que já teve adeptos como Beyoncé e LeBron James. Outro grande destaque do hotel foi o spa Arawak, que está sendo reformado (com um investimento de USD 8 milhões) e vai inaugurar no primeiro semestre de 2023. Lá recebi a melhor massagem relaxante do mundo pelas mãos da terapeuta Princess! E para fechar o combo relaxante ainda tive uma aula especial com a Caroma, uma mixologista apaixonada por gengibre e suas combinações nos mais diferentes drinques.

E por fim, você indica combinar a estadia em ambos os hotéis numa viagem só?
Sim! Especialmente para quem quer ter uma experiência de praia de alto nível, mas sem ostentação. Anguilla é menos óbvia, autêntica e perfeita para quem quer explorar a região de forma mais genuína e discreta. Vale muito a pena porque ela é colada em St. Martin e seria um desperdício visitar a ilha sem ficar pelo menos três dias em Anguilla, sendo seis a sete noites suficiente para visitar ambos. (Ainda que dê facilmente para esticar e ficar cinco noites em cada!). Tirando que quem está de férias nos Estados Unidos também tem uma facilidade enorme com a logística.