Recentemente foi publicada uma matéria escrita por Joshua Glass na Vogue sobre uma nova comunidade criativa que estaria se formando em uma casa brutalista em São Paulo, o lugar é o Domo Damo (que significa “casa do amor” em esperanto), um híbrido-casa-segredo que Benjamin Trigano, fundador da M+B Gallery em Los Angeles, deve revelar em breve.
O espaço tem um viés comunitário e a casa abandonada é assinada pelo arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, no Bairro Granja Julieta. Trata-se da primeira casa brutalista do arquiteto, que foi contratado para projetá-la para o artista e galerista Gaetano Miano em 1962, cuja família ocupou apenas 1968, quando precisou mudar-se para Roma por conta da ditadura militar que assolava o país na época.
Os sócios conservaram a casa inteira, desde o começo eles entenderam que não seria possível “tentar imitar” a casa e que teriam que preservar tudo. A única adição que foi feita é uma estrutura de madeira manchada do designer Roberto Somlo. A nova sala complementa o espaço e presta uma homenagem a também arquiteta modernista Lina Bo Bardi, consistindo em um dos três estúdios de arte que compõe o programa inaugural da residência artística do projeto, parte do soft opening que foi feito de forma bastante intimista.
No entanto, desde janeiro alguns artistas já ocupam a casa, são os pintores: Lu Ferreira, Andre Moura e Thiago Molon. Mas a ideia é que diferentes técnicas e artistas possam ocupar o Domo Damo com o passar do tempo, trazendo novos pontos de vista e também pesquisas e poéticas diversas. A próxima seleção de artistas será com Poli Pieratti, Merveille KéléKélé e Luana Vitra e também será uma fase um pouco mais pública do espaço.
O sócio de Trigano no projeto, David Laloum, afirma que é “um espaço para sonhar”. Nós estamos curiosos para ver como o espaço vai ser movimentado e qual será a sua programação! Estaremos de olho!