Agenda Cultural de Maio

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Para a agenda desse mês focamos na programação de grandes museus, tanto brasileiros quanto internacionais! Confira as principais exposições em cartaz:

 

Pinacoteca Luz – São Paulo

Até 28 de maio – Chico da Silva e o ateliê do Pirambu – É a primeira grande mostra panorâmica do artista Chico da Silva apresentada pela Pinacoteca de São Paulo. A exposição ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a conhecer o legado do artista que foi um dos responsáveis por transformar o cenário artístico cearense a partir da década de 1940, com suas composições fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros personagens.

 

Até 30 de julho – Denilson Baniwa: escola Panapaná – Com uma narrativa indígena mítica baniwa, a instalação “Denilson Baniwa: Escola Panapaná” faz uma analogia ao tempo do cultivo ao tempo do ensino, por meio da imagem da metamorfose. É uma construção em três pavimentos cujo interior acolhe aulas de línguas e culturas indígenas, artes e música. A estrutura, que, no início, evoca a forma de um casulo, se transformará em uma mariposa ao longo do período em cartaz.

 

Pina Contemporânea – São Paulo

Até 28 de maio – Haegue Yang: Quase Coloquial – Mostra da artista sul-coreana, Haegue Yang, conversa com a história da arte brasileira e passa por esculturas, instalações, obras em papel, fotografia e mais.

 

Até 30 de julho – Chão da Praça – Obras do Acervo da Pinacoteca – Exposição inaugural da Pina Contemporânea reúne cerca de 60 obras de artistas, entre elas instalações e esculturas de grandes dimensões.

 

Pina Estação – São Paulo

Até 13 de agosto – Regina Parra: Pagã – Em uma espécie de peça teatral dividida em nove cenas, Regina Parra convida o público a percorrer uma travessia de referências em pinturas, performance, escultura, vídeos e neons para acompanhar a saga de Pagã. Em diálogo com diferentes campos criativos, a artista transforma o museu em espaço cênico para contar a história de uma mulher que abdica de uma vida socialmente confortável e inicia um ritual de descoberta e transformação de si e do seu corpo.

 

Até 17 de setembro – Elisa Bracher – formas vivas – Exposição propõe uma organização fluida entre questões que permeiam a produção da artista Elisa Bracher, seja qual for o material, peso, equilíbrio, paisagem, sonoridade, composição, coreografia e percurso. Em “Elisa Bracher: formas vivas”, o público terá acesso a uma apresentação panorâmica do trabalho de Bracher, que responde ao espaço expositivo com três grandes instalações.

 

Museu de Arte de São Paulo – MASP – São Paulo

 Até 11 de junho – Carmézia Emiliano: A Árvore da Vida – A mostra apresenta 34 pinturas, quatro delas pertencentes ao acervo do MASP e produzidas especialmente para o museu, que revelam a relação que a instituição vem desenvolvendo com a artista desde 2018. A mostra também inclui oito trabalhos inéditos realizados para a ocasião. O subtítulo da exposição parte de uma obra do MASP que referencia o mito da Wazaká, a Árvore da Vida: cortado por Makunaíma, seu tronco fez surgir o monte Roraima e espalhou as sementes culturais macuxi pelo mundo. Makunaína é uma divindade brincalhona disseminada pelo romance Macunaíma de Mário de Andrade (1893-1945), um marco do modernismo brasileiro. O monte Roraima é um tema recorrente na obra de Emiliano e uma metáfora da imortalidade ou da fertilidade, por meio da qual a vivacidade da árvore transformada em monte confirma a continuidade da vida no universo.

 

Até 06 de agosto – Paul Gauguin: O Outro Eu – Esta é a primeira exposição a abordar de maneira crítica a problemática relação do artista com esse “outro”. Sua obra, sobretudo no período do Taiti, é uma extraordinária investigação sobre a figura e a cor, assim como é extremamente contemporânea no modo como se apropriou de iconografias de diversas culturas, colocando-as em diálogo com a própria tradição da pintura ocidental. Por outro lado, Gauguin também destacou o “outro” como exótico e primitivo, em um desejo fantasioso pelos “trópicos”, uma visão idílica carregada de ficções e estereótipos e estruturada por uma relação de poder – entre o “outro” e eu. Para tornar essa narrativa mais intrincada, o próprio artista se declarava “primitivo”, “selvagem” e falava de seu “sangue inca”, uma vez que sua mãe era peruana e ele vivera em Lima quando criança. De todo modo, é evidente que suas pinturas erotizam o corpo da mulher indígena, enfatizando uma suposta disponibilidade sexual aos olhos e às tintas do homem branco europeu.

 

Até 04 de junho – MAHKU: Mirações – O MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), fundado em 2013, é um coletivo de artistas baseados entre o município de Jordão e a aldeia Chico Curumim, na Terra Indígena Kaxinawá (Huni Kuin) do rio Jordão, estado do Acre. Atualmente, o MAHKU é um dos principais agentes no cenário da arte contemporânea brasileira em geral e, em particular, indígena. A mostra MAHKU: Mirações marca os dez anos do surgimento oficial do grupo. A exposição também celebra a longa relação do coletivo com o MASP, constatado pela grande quantidade de obras comissionadas aos artistas desde 2017 por ocasião de diferentes exposições e projetos no Museu. Esta é a maior exposição já realizada com o coletivo, reunindo 108 trabalhos – dos quais 58 pertencem ao MASP –, entre pinturas, desenhos e esculturas. Incluem-se ainda três novas telas produzidas especialmente para a mostra, bem como uma pintura realizada nas icônicas escadas do Museu.

 

Até 18 de junho – Sala de Vídeo: Coletivo Bepunu Me-Bengokré – Bepunu Kayapó é um cineasta potente, sensível e atento às tradições do seu povo. Vive na aldeia Moikarakô, município de São Félix do Xingu, no estado do Pará, focando suas lentes para dentro do território Mebengokré-Kayapó e de lá para o mundo. Em 2023, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) volta seu olhar para os povos indígenas e apresenta os curtas Menire Djê e Mê’Ok: Nossa pintura, ambos com a participação direta dos Kayapó-Mebengokré, destacando a presença do cineasta Bepunu em todo o processo de produção. São documentários que se complementam nos relatos sobre a arte ancestral de pintar os corpos, uma prática tradicional protagonizada pelas menires, como são chamadas as mulheres na língua Mebengokré.

 

MoMA – NYC

 Até 09 de setembro – Chosen Memories – Contemporary Latin American Art from the Patricia Phelps de Cisneros Gift and Beyond –  A exposição reúne obras contemporâneas de artistas latino-americanos que têm investigado a história como fonte de material para seus trabalhos. “A história é um organismo vivo”, disse a artista brasileira Rosângela Rennó, uma das 40 artistas que integram a exposição. Reunindo vídeos, fotografias, pinturas e esculturas feitas nas últimas quatro décadas, a exposição revela como algumas das artes mais relevantes de hoje são concebidas por meio da investigação e recontagem da história de novas maneiras.

 

Até 12 de agosto – Georgia O’Keeffe – To See Takes Time – “Ver leva tempo”, escreveu certa vez Georgia O’Keeffe. Mais conhecida por suas pinturas de flores, O’Keeffe (1887-1986) também fez séries extraordinárias de trabalhos em carvão, lápis, aquarela e pastel. Reunindo obras em papel que muitas vezes são vistas individualmente, juntamente com pinturas chave, esta exposição oferece um raro vislumbre dos métodos de trabalho do artista e convida-nos a parar para olhar.

 

Ate 8 de julho – Signals – How Video Transformed the World – A exposição destaca mais de 70 obras de mídia, extraídas principalmente da coleção do MoMA, muitas delas nunca antes vistas no Museu. Os artistas em destaque incluem John Akomfrah, Gretchen Bender, Dara Birnbaum, Tony Cokes, Amar Kanwar, New Red Order, Nam June Paik, Sondra Perry, Martine Syms, Stan VanDerBeek e Ming Wong. Signals permite que o público experimente os formatos, configurações e alcance global extremamente variados da videoarte, da vigilância em circuito fechado ao vídeo viral, da instalação em larga escala às redes sociais.

 

Até 29 de julho – Architecture Now – New York, New Publics – Esta exposição reúne uma ampla variedade de propostas de design, desde parques à beira-mar, redes de piscinas públicas e espaços culturais até jardins comunitários locais, estações de metrô e monumentos virtuais para populações sub-representadas. Eles reinventam os usos da infraestrutura cívica, o compartilhamento de recursos privados e o potencial de novas tecnologias para criar espaços virtuais de engajamento político. Modelos, esboços, desenhos e fotografias são apresentados ao lado de componentes arquitetônicos em escala real, protótipos e uma instalação de realidade aumentada. Cada projeto é acompanhado por um vídeo recém-produzido que fornece um vislumbre dos usos diários dessas arquiteturas.

 

TATE Modern – Londres

Até 21 de maio – Magdalena Abakanowicz – Every Tangle of Thread and Rope – Esta exposição apresenta uma rara oportunidade de explorar este extraordinário corpo de trabalho. Muitos dos Abakans mais importantes serão reunidos em uma exibição semelhante a uma floresta no espaço da galeria de 64 metros de comprimento do Edifício Blavatnik na Tate Modern. A exposição explora esse período transformador da prática de Abakanowicz, quando suas formas tecidas saíram da parede e entraram no espaço tridimensional. Com essas obras, ela trouxe formas macias e fibrosas para uma nova relação com a escultura. Uma seleção de peças têxteis antigas e seus desenhos pouco conhecidos também estão em exibição.

 

Até 25 de junho – Maria Bartuszová – Reunindo muitas obras raramente exibidas antes no Reino Unido, esta exposição de pesquisa destacará as esculturas abstratas da artista eslovaca Maria Bartuszová, nascida em Praga. Bartuszová trabalhou durante três décadas em Košice, a segunda maior cidade da Eslováquia. Realizou cerca de 500 esculturas, desde pequenas formas orgânicas até encomendas para espaços públicos e trabalhos na paisagem, apesar das restrições à sua vida artística durante este período. A exposição começa na década de 1960, quando Bartuszová experimentou seu próprio método distinto de moldar gesso à mão. Inspirada por brincar com sua filha, ela criou formas abstratas despejando gesso em balões de borracha – seu material característico era o gesso branco, dando às esculturas uma qualidade frágil.

 

Até 03 de setembro – Hilma af Klint & Piet Mondrian – Forms of Life – Embora nunca tenham se conhecido, af Klint e Mondrian inventaram suas próprias linguagens de arte abstrata enraizadas na natureza. No centro de suas jornadas artísticas estava um desejo compartilhado de entender as forças por trás da vida na Terra. Mais conhecido por seu trabalho abstrato, Mondrian de fato começou sua carreira – como af Klint – como pintor de paisagens. Ao lado das composições abstratas de Mondrian, você verá as pinturas de flores raramente exibidas que ele continuou a criar ao longo de sua vida. Também estarão expostas obras enigmáticas de af Klint nas quais as formas naturais se tornam um caminho para a abstração. Ambos os artistas compartilhavam o interesse por novas ideias de descoberta científica, espiritualidade e filosofia. Af Klint também era uma médium, e esta exposição mostra as pinturas sobrenaturais em grande escala que ela acreditava terem sido encomendadas por poderes superiores. Os visitantes ficarão imersos nessas ideias por meio de sinais, formas e cores vibrantes no belo e complexo trabalho de ambos os artistas.

 

Centre Georges Pompidou, Paris

Até 12 de junho – Germaine Richier – Em homenagem a Germaine Richier, a primeira escultora feminina exposta no Museu Nacional de Arte Moderna, em 1956, esta retrospectiva reúne cerca de 200 obras – esculturas, gravuras e desenhos. O layout da exposição traça sua trajetória artística em ordem cronológica, destacando os grandes temas (o humano, o animal, os mitos) que alimentaram sua prática como escultora. Revela como Richier efetuou uma revitalização da figura, forjando novas imagens de homens e mulheres no pós-guerra.

 

Até 28 de agosto – Lynne Cohen / Marina Gadonneix – “Laboratoires / observatoires” – Foco nos espaços do nosso mundo moderno, através da abordagem de duas fotógrafas, a canadiana Lynne Cohen (1944-2014) e a francesa Marina Gadonneix (nascida em 1977) – as fotografias de Lynne Cohen foram expostas em todo o mundo e serviram de modelos e inspiração para a geração seguinte.

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