Pátria de Nelson Mandela, paraíso dos safáris e do histórico Cabo da Boa Esperança, a África do Sul tem atrações para diversos estilos de viajantes. Inclusive para os amantes do vinho! Assim como Chile, Argentina e França, o país produz vinhos dos mais premiados do planeta, em centenas de vinícolas que datam do século 17. Quer saber mais? Veja as dicas que a Copastur Prime selecionou , que pode ajudar você a preparar o seu roteiro de viagem para o continente africano.
Cidade do Cabo: onde tudo começa
Cercada por belas praias banhadas pelos Oceanos Atlântico e Índico (como Clifton, Llandudno e False Bay) e emoldurada por uma montanha cujo topo retilíneo lembra o de uma mesa (daí o nome Table Montain, o principal cartão-postal de lá), a Cidade do Cabo é a porta de entrada da região vinícola do país.
Com condições climáticas ideais para o cultivo das uvas, a maior parte das propriedades se estabeleceu nos arredores, em cidadezinhas charmosas que ficam a menos de uma hora de carro do centro da cidade.
Mas não se espante se tiver a impressão de que chegou em algum vilarejo típico francês ou holandês. A tradição dos vinhedos só começou com a colonização holandesa que, mais tarde, importou mestres franceses para aperfeiçoar suas safras.
O mítico “Vin de Constance”
O vale de Constância, um lugar cujas primeiras vinhas foram plantadas em 1685, é conhecido pelo cultivo de uvas brancas. Dali saem alguns dos mais famosos vinhos de sobremesa do mundo, como o “Vin de Constance” (bebido até por Napoleão Bonaparte) produzido pela Klein Constantia.
Outra propriedade que vale a visita é a Groot Constantia, cuja fazenda abriga várias construções originais da época da colonização.
Stellenbosch: a capital vinícola da África
Além de ser a região vinícola mais importante do continente, a animada Stellenbosch é a segunda colônia européia mais antiga da África do Sul (depois da Cidade do Cabo, a 50 quilômetros dali) e ainda abriga um importante centro universitário.
É por isso que diversão e arte se misturam por todos os cantos onde galerias disputam espaço com vinícolas e restaurantes de alta gastronomia. Aliás, a cidade também leva o título de Capital da Culinária, mantendo hoje três dos Top 10 restaurantes nacionais.
Por lá, aproveite para provar os vinhos feitos com Pinotage, um tipo de uva que virou marca do país – assim como o Malbec na Argentina. Resultado do cruzamento das uvas Pinot Noir e Hermitage, foi desenvolvida em 1925. A Kanonkop é uma das propriedades mais conhecidas por oferecer vinhos feitos com essa uva.
Também chamada de “joia de Cape Winelands” por pertencer a Laurence Graff, um dos maiores joalheiros do mundo, a Delaire Graff Estate propõe uma luxuosa aventura com direito a acervo de arte e restaurante renomado que oferece alguns dos melhores vinhos do Hemisfério Sul para a degustação.
Franschhoek: um cantinho francês
Seu nome, que significa algo como “Canto Francês”, já diz tudo: você acaba de chegar em um pedaço da França a apenas 80 quilômetros da Cidade do Cabo. Tranquila, tem poucas ruas, dezenas de restaurantes e muitas vinícolas. Ou seja, um paraíso para os enófilos.
No roteiro, inclua uma visita a Chamonix para provar brancos e tintos. O solo rico no tipo de rocha grauvaque transmite características únicas às bebidas.
Na Haute Cabriére, “casa” do conhecido espumante Pierre Jourdan, aproveite para almoçar no restaurante que fica em meio a um roseiral florido e ao lado de uma montanha.
A Grande Provence oferece um espaço de degustação em um casarão de estilo arquitetônico colonial holandês (o Cape Dutch, típico da região do Cabo) cercado por um jardim de esculturas.
Onde ficar
A cinco minutos de carro de Franschhoek, o hotel boutique La Residence, que pertence ao grupo familiar The Royal Portfolio, é uma ótima opção de hospedagem.
Não só por ser uma luxuosa mansão rural, mas por estar rodeado de vinhas, olivais e pomares de ameixas. Entre as opções de tours, o hotel disponibiliza um helicóptero para conhecer as os rótulos das redondezas, inclusive, explorando também do alto as belas paisagens sul-africanas.
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