Quem nunca ouviu falar de Júlio Verne e suas aventuras? O francês escreveu sobre diversas viagens imaginárias que acabaram se tornando algumas das mais lembradas obras literárias do século 19. Vinte Mil Léguas Submarinas (1869), A Volta ao Mundo em 80 dias (1872), Viagem ao Centro da Terra (1864), só para citar algumas.
Lembro bem de ler esta última ainda menina. Os personagens Otto Lindenbrock e seu sobrinho Axel começaram a jornada na cratera do vulcão Sneffels, na Islândia. Foi aí que começou meu fascínio pelo país. Por essa e por outras acho tão estimulante o que a literatura pode acender na gente… Não sosseguei até conhecer a “terra do gelo e do fogo”, alguns anos atrás.
E a Islândia era tudo aquilo sim, não decepcionou. O país é de uma natureza tão bruta que parece nos chacoalhar, nos lembrar da fragilidade versus a potência da vida. Os cenários, que eu havia a vida toda desejado conhecer se mostraram reais diante dos meus olhos, ainda que continuassem insistindo na sensação de fazerem parte de um grande sonho.
É na Islândia que fica o maior glaciar da Europa – há muita neve, gelo e paisagens branquíssimas. Em contraste, ali também ficam mais de 30 vulcões ativos, lava petrificada espalhada pelas praias de areia preta, piscinas termais de água quentinha.
Dá para navegar entre os icebergs na geleira de Jökulsárlón ou adentrar a cratera do vulcão adormecido Thríhnúkagígur. Dá para caminhar por fiordes, bater o recorde de visitas a cachoeiras em uma única viagem e nadar na fenda entre as placas tectônicas eurasiática e norte-americana.
Tudo isso já colocaria para mim a Islândia no topo da lista das viagens favoritas da vida, mas ainda tem mais: lá é possível observar um dos mais lindos fenômenos naturais do universo, a Aurora Boreal ou as Luzes Nórdicas!
Cientificamente falando, esse movimento mágico de luzes coloridas dançando no céu acontece quando partículas de energia solar entram em contato com os elementos da atmosfera terrestre. O fenômeno fica mais visível durante o inverno, mas qualquer data entre setembro e abril promete boas chances de admirá-lo.
Pode-se fazer parte de uma expedição de “caça” à Aurora Boreal, que inclui grandes doses de emoção, entre acompanhar as previsões, sair do hotel depois das 21h, se afastar dos centros urbanos para ter menos poluição de luz e passar um bom tempo olhando para o céu, alerta a qualquer mínimo sinal. Mas também há a chance de ver o fenômeno das enormes janelas de vidro da acomodação, caso não raro para quem se hospeda no Ion Adventure Hotel, em Nesjavellir.
Ver a Aurora, apelidada também de Dama da Noite, num céu estrelado é uma experiência que faz qualquer um se sentir suspenso no tempo. Faz a gente se conectar com algo maior, algo que une as nossas fantasias mais íntimas e realidade, algo que nos faz sentir que tudo é possível, que o universo é infinitamente bom, que a vida é uma caixa de surpresas sem fim.
Serei eternamente grata à literatura e à Júlio Verne, que plantaram em mim essa sementinha de curiosidade com relação ao país.
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