O Carmel Taíba Resort, localizado em São Gonçalo do Amarante, a 75 quilômetros de Fortaleza, é um hotel boutique para se apaixonar e vibrar pelo nosso território. Sua arquitetura moderna desponta de um rochedo sobre falésias e parece pertencer à natureza. Pelo seu interior, que é superintimista e tem pouco mais de 30 quartos, a decoração de João Armentano conduz a um regionalismo profundo e valoriza os trabalhos artesanais locais, dando voz ao cearense e sua ancestralidade.
Conheça 3 técnicas que contam histórias apaixonantes dos saberes desse povo:
CORDEL
A literatura de cordel chegou ao país por meio dos portugueses, que se utilizavam dessa técnica de baixo custo para disseminar notícias a quem não tinha acesso. Os folhetos eram pendurados em uma espécie de varal de corda (daí o nome “cordel”). O conteúdo é quase sempre composto por poemas populares e ilustrações impressas em xilogravura, uma das técnicas mais antigas do mundo, em que se esculpe os desenhos em uma superfície de madeira com a ajuda de um instrumento de lâmina afiada, e, depois, a figura é coberta com tinta e impressa no papel. Os versos são sempre melódicos e recitados de forma cadenciada, quem o lê imagina-se quase cantando!
TRANÇADOS EM FIBRA NATURAL
O conhecimento dos trançados em fibra natural vem dos povos originários do nosso Brasil. Essa é, portanto, uma forma de expressão da nossa ancestralidade indígena. As técnicas foram passadas de pais para filhos por meio de gestos, palavras e, claro, da própria prática. A palmeira de carnaúba é abundante no Ceará e a matéria prima dela utilizada, é retirada da parte central de sua folhagem. Sem o talo, as folhas secam ao sol por dias e são envoltas em panos úmidos para se manterem maleáveis. Elas podem passar por tingimento com anilina de diversas cores antes de serem finamente talhadas e preparadas para o trançado final. Tapetes, cestinhas, bolsas e chapéus são os produtos mais procurados.
RENDA DE BILRO
Trazida ao país por portuguesas, a renda de bilro se perpetua pelas mãos insistentes de mulheres cearenses e de outros cantinhos do litoral e do sertão brasileiro. O ofício passado de geração em geração exige paciência. As mãos ágeis vão tecendo a linha através dos chamados bilros, hastes cilíndricas de madeira. Os alfinetes (que quase sempre são os espinhos do mandacaru) vão definindo o caminho, segurando o entrelaçamento que se transforma em desenhos delicados. O que mais se cria são peças de cama, mesa e banho, vestuário e acessórios.
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