Em Foz do Iguaçu tudo parece acontecer de forma urgente. Aquele volume de água vai desencadeando vivo, num movimento absoluto, que cai, celebra a queda e se levanta fluido, sutil e majestoso. Por onde se olha há montes de água estrondando, espuma subindo, vapor tocando a luz, criando arco-íris.
Acordar cedo e caminhar pelas Cataratas ainda tranquilas – e na companhia de um fotógrafo especializado – é ter a oportunidade de registrar as transformações, de imprimir um olhar atento e livre a esta que é uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, Patrimônio Natural da Humanidade.
Para quem prefere a arte da observação, apenas assistir à primeira luz do dia incidindo sobre as Cataratas também é igualmente emocionante. Para ver os detalhes de perto, você pode usar binóculos superpotentes entregues pelo guia e se deixar passear pelas águas, aves, borboletas, outros incontáveis bichos-do-mato, a flora colorida, a selva vibrante!
Esse equilíbrio entre o poético e o trágico nos alucina. Como já disse o cronista Rubens Braga sobre uma viagem à Foz do Iguaçu em março de 1951:
“Não, não há o que escrever sobre as quedas do Iguaçu; seria preciso viver longamente aqui, nesse mato alto, entre cobras, veados, antas e onças, em volta desse estrondo – e vir, nas manhãs e nas noites, vagar entre as nuvens e a espuma, a um canto do abismo fundo…”