Um passeio privativo a Éfeso nos leva aos tempos do antigo Império Otomano e antes disso, à sua fundação jônica, à sua libertação dos persas por Alexandre, o Grande, à dominação egípcia e, depois, romana.
Por muito tempo essa foi a segunda maior potência do Império Romano, desempenhando um importante papel para o mundo pagão, mas também para a difusão do cristianismo.
Ainda hoje Éfeso é um dos maiores museus arqueológicos do mundo ao ar livre. Quase todos os seus monumentos se encontram ao longo de duas avenidas, sendo uma delas imponente, coberta de mármore e cercada de colunas. Ali se encontram os indícios da vida cotidiana daquela comunidade: há teatros, igrejas, locais de banho, latrinas, um bordel… Recentemente arqueólogos encontraram as ruínas de luxuosos apartamentos, conhecidos como Casas do Terraço, com encanamentos internos, banheiras, sistemas de aquecimento, paredes com afrescos e pisos de mosaicos.
Estima-se que a cidade chegou a quase meio milhão de habitantes, incluindo intelectuais, mercadores, pessoas de grandes posses e escravos. Seu comércio fervilhava graças à sua localização estratégica, que a ligava pelo mar à Roma e por terra com a Ásia.
Chama a atenção seu Estádio grandioso, com capacidade para 25 mil pessoas. O espaço era usado para discussões sobre a vida da polis, eventos musicais, lutas de gladiadores com animais selvagens e cerimônias religiosas. Ele também serviu de palco para as pregações do apóstolo Paulo, que só passou a ser um pouco mais aceito depois de muitas tentativas cheias de determinação.
Uma de suas edificações mais conservadas é a Biblioteca de Celso – ela foi nada menos do que a terceira mais importante biblioteca do mundo antigo, ficando para trás apenas de Alexandria e Pérgamo, chegando a abrigar doze mil rolos de papiro. As estátuas das quatro mulheres em sua fachada representam grandes virtudes: Sophia, a sabedoria; Episteme, o conhecimento; Ennoia, a inteligência; e Arete, a bravura.
E há ainda mais do que isso. Há o Templo de Ártemis, deusa grega protetora dos bosques e dos animais, denominada Diana pelos romanos. O monumento foi uma das sete maravilhas do mundo antigo e se tornou o centro de veneração à deusa, em um tempo onde o feminino era um poder superior, o único capaz de gerar e tirar a vida.
Ali perto, na Colina do Rouxinol, está a casa onde a Virgem Maria teria vivido seus últimos nove anos. Mais uma vez o poder feminino engrandece Éfeso e o torna lugar de peregrinação e adoração. Sagrada para cristãos e muçulmanos, a modesta casa de pedra, chamada de Santuário de Meryemana, é um local de silêncio, oração e meditação.
O que apreciar em Éfeso:
- As recém-descobertas Casas do Terraço.
- O Estádio com capacidade para 25 mil pessoas.
- A Biblioteca de Celso, que chegou a ter mais de doze mil rolos de manuscritos.
- O Santuário de Meryemana, a Casa de Maria, mãe de Jesus.
- O Templo de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo.