O verão na Polônia é cheio de surpresas. A começar pelo amanhecer. Como o país fica bem ao norte do globo, há muito mais horas de luz durante o dia, que inicia… à 1h da manhã. O calor, no entanto, não é dos mais fortes. Com temperaturas de 20 a 27 graus, o auge da estação acontece entre julho e agosto. As belas praias encantam, mas é a riqueza histórica e cultural – e os lugares bastante curiosos – que surpreendem quem resolve passar a temporada por lá. Veja alguns dos melhores destinos do país que a Copastur Prime indica.
Gdansk
Esta cidade, à beira do Mar Báltico, é perfeita para quem quer fazer um mergulho histórico e cultural durante o verão polonês. As ruas de pedra de Main Town, a região central, guardam dezenas de edifícios reconstruídos após a Segunda Guerra Mundial. A Santa Maria, maior igreja de tijolos do mundo, e a Long Market, uma via repleta de edifícios históricos, pedem passeios demorados.
Agitação também não falta: restaurantes, cafés e clubes atraem viajantes, que também se divertem alugando iates para navegar nas águas de Puck Bay. Aliás, Gdansk tem tanto a oferecer que existem até opções de tours a pé e de barco. Dica: Passe em uma loja de âmbar. O entorno da cidade é conhecido por ser a fonte mais rica dessa pedra semi-preciosa no mundo.
Sopot
Luxuosa, a cidade que tem o maior píer de madeira do continente europeu, fica na costa sul do Mar Báltico. Partindo de Gdansk, é possível chegar de trem. Na Bohaterów Monte Cassino Street, uma rua enorme, além da arquitetura, boas opções de compras e a gastronomia são as principais atrações. Gosta de explorar novos lugares? Vá até o Crooked House, premiado edifício cujos telhados em formato de dragão e as janelas curvas abrigam lojas, restaurantes, bares, clubes e cafés. No Ópera da Floresta você pode assistir a um espetáculo em meio a uma floresta.
Ilha de Hel
Para chegar a esse paraíso à beira mar, há duas alternativas: embarcar em um ferry boat a partir de Gdansk (a viagem dura uma hora) ou em um trem saindo de Sopot ou Gdynia. A península, de 34 quilômetros de extensão, tem praias praticamente desertas, rodeadas por florestas de pinheiros.
Na orla, antigas casas de madeira de pescadores, foram transformadas em sorveterias, pubs e restaurantes de frutos do mar. Se você gosta de esportes aquáticos, aproveite: a Ilha de Hel é um dos melhores locais da Europa para a prática de windsurfe e kitesurf.
Cracóvia
Antiga residência da monarquia polonesa, a Cracóvia é ideal para fazer uma imersão na história polonesa. Um bom ponto de partida é a praça principal, Rynek Glowny, que conduz a uma série de marcos e atrações. Uma das mais impressionantes é o Castelo Wawel, um complexo que abriga torres, muralhas, uma catedral e belos jardins. Fã de compras? Não perca o The Cloth Hall, o shopping center mais antigo do mundo, construído há 700 anos. Por abrigar a maior população judaica da Europa antes da Segunda Guerra, a Cracóvia também permite entender melhor os efeitos da ocupação nazista.
A fábrica retratada no filme A lista de Schindler, de Steven Spielberg, vale a visita: o local é hoje um museu multimídia dedicado às experiências dos habitantes da cidade durante e após a Guerra. O Kazimierz, vila que abrigava os judeus segregados, é hoje um bairro boêmio, com bares, restaurantes e intensa vida noturna.
Minas de Sal de Wieliczka
A antiga mina de sal de Wieliczka, na região metropolitana da Cracóvia, tem mais de 700 anos e deixou de funcionar em 2007. Mas não está abandonada. Seus 287 quilômetros de extensão formam uma grande metrópole subterrânea, sustentada por gigantescas estruturas de madeira. A 327 metros de profundidade, a mina é formada por inúmeras capelas, galerias e salões decorados com estátuas, esculturas e painéis esculpidos na rocha de sal. O cenário é tão pitoresco que serve de locação para filmes e palco para concertos e exposições. Para terminar a visita, a dica é fazer uma sessão de compras nas lojas das galerias.
Varsóvia
No verão, um dos melhores programas da capital polonesa é se reunir com os amigos no final do dia à beira do rio Vístula para admirar o pôr do sol, que ocorre às 22h. O que também pode ser feito no Parque Lazienski, uma imensa área verde em plena região central que abriga um palácio, um museu de arte e diversos animais (de passarinhos a porcos-espinhos). Caminhar pela cidade, entre castelos e casas coloridas, também é um bom passeio.
Além de vários museus históricos, como o Nacional e o Warsaw Uprising Museum, há um especial para quem gosta de música, o Museu de Frédéric Chopin, com atrações interativas e audiovisuais. Cultura, aliás, é o grande atrativo da estação. A cidade recebe dezenas de festivais, como o Wianki com música e dança para celebrar o solstício de verão ou o Jazz na Starówce, com apresentações de música no centro histórico.