Myanmar, Burma ou ainda, Birmânia são todas denominações do mesmo local: um pequeno país situado ao sul do continente asiático, entre a Tailândia e o Nepal.
Anos de isolamento fizeram de Myanmar uma joia intocada, com mosteiros e templos construídos em madeira e pedra, que envelhecem graciosamente em uma sociedade baseada em ciclos que se sobrepõem.
Myanmar é mesmo um país extraordinário – seu povo, cultura e suas paisagens são todos únicos e valem uma visita. As pessoas que já tiveram a oportunidade de ir até lá dão de cara comum a população gentil e sorridente, além de alguns dos monumentos mais impressionantes do mundo.
O que visitar em Myanmar
Rangum é a principal cidade do país. E é lá que você vai encontrar a maioria dos grandes prédios coloniais da época colonial de Myanmar, charmosamente negligenciados em uma região da Ásia que ainda não entrou na corrida para a modernização. Quem visita o Shwedagon Paya, o Pagode Dourado, um enorme templo no topo da colina no coração da cidade encara uma multidão de devotos.
Mandalay, situada ao norte, é a segunda maior cidade do país, um local tranquilo onde as bicicletas marcam o passo e toda montanha tem um pagode no topo. Este é o ponto de partida para visitar os templos antigos e a estação de Pyin Oo Lwinna montanha gelada.
Bagan, antigamente chamada de Pagan, foi a antiga capital de vários reinos em Myanmar. A cidade fica localizada na meseta árida do país, na margem oriental a 145 quilômetros sudoeste da cidade de Mandalay. Possui algumas das paisagens mais arrebatadoras do mundo, com suas centenas de estupas budistas.
O Lago Inle, situado na região central de Myanmar, é o lugar perfeito para explorar o lado rural do país, com passeios de barco para mercados animados e aldeias flutuantes e caminhadas para assentamentos tribais. Se você procura por um pouco de relaxamento no litoral, invista nos destinos do sul – eles podem não ser tão magníficos quanto os resorts, mas Ngapali e Ngwe Saung oferecerem praias ótimas.
Um pouco de história
O passado recente do país é marcado por repressão e isolamento causados pela junta militar que governou Myanmar por um tempo demasiado longo. Aung San Suu Kyi e seu partido político estabeleceram um boicote ao turismo. No entanto, as coisas estão começando a mudar: eleições foram realizadas em 2010, e agora há um governo civil no lugar.
Aung San Suu Kyi foi libertada da prisão domiciliar, e tanto ela quanto o partido NLD têm sancionado viagens responsáveis para Myanmar. Há ainda um longo caminho a percorrer antes que o país se torne verdadeiramente democrático, mas as coisas estão mudando definitivamente.
Pontos imperdíveis
Vá a um templo. A planície de Bagan, embalada pelo rio Irrawaddy, está tomada de templos que datam do nascimento do hinduísmo. São verdadeiras relíquias de pedra de uma cidade há muito perdida.
Conheça os pescadores que conduzem os barcos com as pernas. Nas águas imóveis do lago Inle os pescadores da etnia Intha equilibram uma perna na popa do barco e a outra ao redor do remo. Observe-os jogando suas redes ao amanhecer, emoldurados pelos mosteiros e pelas colinas cirdundantes.
Junte-se aos peregrinos. O Pagode Dourado em Rangum é o coração espiritual do país, e está sempre cheio de devotos oferecendo esmolas. Acenda sua própria vela e reze para a mudança vir para a Birmânia.
Volte para Mandalay. A cidade é encantadora, charmosa, tem um ritmo lento, os cafés locais são decorados com pequenas banquetas que parecem feitas paracrianças, os bens importados são raramente vistos e tudo é feito à mão. Dá para fazer um pequeno passeio de barco pelo rio até Mingun onde fica o estupa budista rachado.