Machu Picchu e o Vale de Lares

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Quando se visita Machu Picchu, a cidade perdida dos incas,há sempre uma escolha a fazer: chegar à cidade de pedra depois de uma longa caminhada pelo Vale Sagrado ou a partir de uma tranquila viagem de trem?

Aqueles que decidem pela primeira opção, precisam estar preparados fisicamente, dispostos a acampar e carregar equipamentos pela trilha que dura até cinco dias, mas que proporciona vistas incríveis dos Andes.

Já a viagem de trem leva os passageiros até seu destino final em no máximo três horas, o que deixa essa opção bem atraente à primeira vista. Entretanto, esse caminho reduz as chances de contato com a natureza e com os moradores dos povoados que ficam pelo caminho.

Machu Picchu – luxo e conforto

Se um dos seus maiores desejos é conhecer a cidade sagrada dos incas, mas não tem disposição para longas trilhas montanha acima e muito menos para acampar rusticamente na região, saiba que  nem tudo está perdido.

Nos últimos anos, surgiram diversas opções de roteiros a Machu Picchu que procuram unir luxo e conforto às experiências culturais e atividades físicas características do local.

O roteiro permite que o viajante escolha, toda noite, o que pretende fazer no dia seguinte: uma caminhada pesada, que pode durar sete horas; uma caminhada leve, que não passa de três horas; ou um passeio cultural, com visitas a museus ou casas típicas do interior do Peru. Em todos os casos, parte do trajeto é feito em vans.

 Machu Picchu
Machu Picchu

Até chegar a Machu Picchu, o viajante poderá caminhar no meio das montanhas, a mais de 4 mil metros de altitude, andar de bicicleta na beira de um rio, saborear comidas típicas cozidas sob a terra, visitar uma criação de lhamas e conhecer um pouco da vida no interior do Peru. E tudo isso com a certeza de que irá dormir numa cama confortável toda noite.

O passeio guiado dura três horas, com direito a paradas para fotos e explicação de todas as teorias possíveis sobre a incrível construção inca que entrou para a rota do turismo mundial em 1911. Quem ainda tiver fôlego, pode optar por subir uma das duas montanhas que protegem Machu Picchu: Huayna Picchu ou Machu Picchu.

O Vale de Lares

A trilha mais tradicional entre Cusco e Machu Picchu é a Trilha Inca. Se você deseja desfrutar de um roteiro alternativo, então a melhor opção é o Vale de Lares, que precisa ser reservada com antecedência.

Acampar é obrigatório, mas pode ser feito com conforto, massagem e chuveiro quente em cada uma das quatro noites ao ar livre, além de pernoite no Sanctuary Lodge (vizinho a Machu Picchu) e o retorno é feito no trem de luxo Hiram Bingham.

Trilha com destino a Pinkuylluna, sítio arqueológico no Vale de Lares, no Peru
Trilha com destino a Pinkuylluna, sítio arqueológico no Vale de Lares, no Peru

O Vale de Lares é um dos muitos caminhos ainda pouco explorados entre Machu Picchu e Cusco, a capital do antigo Império Inca, que tinha mais de 400 mil quilômetros de estradas. O roteiro pode ser feito em cinco ou sete dias, porém é recomendável passar pelo menos 48 horas em Cusco para se acostumar com a altitude e o ar rarefeito.

Por ser um caminho menos explorado comercialmente, o Vale de Lares ainda preserva comunidades tradicionais. Muitas casas são de pedra, embora as telhas de metal tenham substituído a palha de antigamente, por oferecer mais resistência contra a chuva. O povo vive basicamente da agricultura, por meio do cultivo de centenas de tipos de batatas e dezenas de qualidades de milho.

Ollantaytambo – o povoado inca mais preservado

Além de Cusco, Ollantaytambo é outro ponto de parada concorrido por turistas que querem chegar a Machu Picchu. De lá, sai uma das linhas de trem que chegam à cidade perdida.

Mas vale a pena passar algum tempo no povoado. Há boas variedade de bares e pubs na simpática praça central. Em parte das ruas, é possível ver que as casas foram construídas sobre pedras grandes, similares àquelas encontradas nos sítios arqueológicos.

Ollantaytambo
Ollantaytambo

Diz a lenda que Ollantaytambo foi uma das cidades incas mais preservadas e que os construtores aproveitaram a estrutura já existente no tempo dos incas para se instalar ali.

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