A Dia Art Foundation é uma constelação de onze localizações. A fundação afirma que seu maior comprometimento está em promover, realizar e preservar a visão dos artistas, cumprindo sua missão ao encomendar projetos de artistas individuais, organizando exposições, realizando instalações específicas do local e coletando em profundidade o trabalho de um grupo focado de artistas das décadas de 1960 e 1970.
Uma das estrelas dessa constelação é o Dia Beacon, um museu que abriga a maior parte da coleção de arte da fundação desde a década de 1960 até hoje. Ocupando uma antiga fábrica de impressão de caixas da Nabisco, ele foi inaugurado em maio de 2003 às margens do Rio Hudson, em Beacon, Nova York.
O edifício original tinha muitos elementos-chave de design que o tornavam um local atraente para a arte contemporânea, incluindo grandes vãos entre as colunas de suporte e mais de 34.000 pés quadrados de claraboias. Hoje, essas claraboias fornecem luz natural nas galerias e estabeleceram o Dia Beacon de maneira única como um “museu da luz do dia”.
Dia convidou o artista Robert Irwin para conceber o plano mestre para um museu do século XXI que manteve o caráter original dos espaços internos da fábrica. Irwin também projetou jardins que mudam sazonalmente em toda a paisagem circundante. Após a reforma, Dia Beacon foi adicionado ao Registro Nacional de Lugares Históricos.
Mantendo a história do Dia de apresentações de um único artista relacionadas ao lugar, cada galeria foi projetada especificamente para a instalação do trabalho de um artista. Essa atenção às obras torna-se tangível ao percorrer os espaços do Dia Beacon, que foram reformados para exibir, por exemplo, os “monumentos” de Dan Flavin para V. Tatlin (1964–90), Torqued Ellipses (1996–2000) de Richard Serra e Norte, Leste, Sul, Oeste, de Michael Heizer (1967/2002).
A coleção ainda possui outros nomes de peso como Gerhard Richter, Louise Bourgeois, Robert Smithson, On Kawara, Mario Merz, Donald Judd, Bruce Nauman, Andy Warhol, Nancy Holt, dentre outros. Além do programa de exposições, o Dia Beacon apresenta diversos programas públicos, passeios e uma parceria de educação artística com a cidade de Beacon, em andamento desde 2001. É evidente que a abertura do museu foi responsável por uma grande transformação na cidade, que acabou virando um polo cultural importante e começou a integrar o circuito artístico de Nova York.
Há também exposições temporárias no museu, mas de longa duração, como a mostra da artista afro-americana Senga Nengudi, que abriu em fevereiro de 2023 e será acompanhada por um programa de performance e publicação, revelando a multiplicidade de sua prática. Esculturas e instalações do tamanho de uma sala dos anos de 1969 a 2020 estão em exibição no Dia Beacon, incluindo aquisições recentes na coleção permanente do Dia. A seguir, a obra Sandmining B, da artista Senga Nengudi, datada de 2020, em foto de Thomas Barratt:
O museu é um dos preferidos dos apaixonados por arte contemporânea e uma alternativa para quem está procurando uma opção diferente nas proximidades de Nova York!
Anterior
