A Arábia Saudita vem conquistando seu espaço na cabeça dos viajantes. Desde 2016 o país vem investindo esforços e recursos para evoluir de diversas formas, inclusive como um destino desejável para turistas do mundo todo. Novas estradas, um aeroporto internacional e infraestrutura moderna vem sendo construída para receber os novos visitantes. Tudo isso faz parte de um plano concreto, chamado Visão 2030, que visa justamente desenvolver o país até o ano de 2030.
A grande estrela: AlUla
Se a curiosidade bate por aí também, “o” lugar para começar a desbravar esse país tão rico, mas pouco conhecido é AlUla. A cidade é um dos principais destinos, porque concentra patrimônios natural e humano extraordinários e está em um momento de renascimento.
A cidade localizada na província de Medina, no noroeste do país, é um oásis protegido por montanhas de arenito – lembrando que um “oásis” é uma área fértil e abundante em vegetação em meio a um deserto, dado pela proximidade com uma nascente de água doce.
Por seus recursos abundantes, no passado AlUla foi uma importante cidade mercantil na histórica rota do incenso que ligava a Índia e o Golfo ao Levante e à Europa. Viajantes paravam para descansar e restaurar as energias.
AlUla também era a capital dos antigos reinos de Dadan e Lihyan, que controlavam o comércio de caravanas. Mas o marco mais significativo por lá é a cidade de Hegra, o primeiro Patrimônio Mundial da UNESCO da Arábia Saudita (concedido em 2008). A partir dos seus mais de cem túmulos notavelmente bem preservados, é possível observar os vestígios da civilização nabateia, que ocupou a Península Arábica há mais de 2 mil anos.
Ver de perto as impressionantes fachadas de pedra esculpida eleva o espírito, nos faz voltar no tempo. O visual, que lembra o encontrado em Petra, na Jordânia, nos faz refletir sobre a dicotomia entre o mundo natural e o feito pelo homem. Nos permite testemunhar a nossa própria história enquanto sociedade e nos estimula a olhar com admiração para a cultura que criamos.