O verão na Itália é perito em transformar a vida em arte. Seu ritmo ora desacelerado, ora intenso, nos convida a apreciar as sutilezas da dolce vita e da sua cultura tão rica e bela. Tudo ganha ainda mais cor nessa estação. Por isso apresentamos uma trinca de destinos especiais para quem quer apreciar o país nos meses de junho, julho e agosto.
- Costa Amalfitana
Perto de Nápoles, a Costa Amalfitana é uma boa combinação entre penhascos forrados de limoeiros e vilarejos charmosos que desabam sobre o Mar Tirreno. Fonte inesgotável de paisagens exuberantes e ótima gastronomia, essa faixa de cerca de 50 quilômetros concentra algumas das paradas mais disputadas durante o verão europeu.
Em Positano, o buchicho está na Spiaggia Grande, onde enfileiram-se beach clubs, restaurantes à beira-mar e o porto, por onde saem e chegam embarcações o dia todo. Amalfi é o principal vilarejo da região, cujo orgulho local é a Duomo di Sant’Andrea, uma catedral do século 9 que combina elementos de diferentes estilos como o bizantino, árabe-normando e romanesco. Ravello é diferente: fica a cerca de 365 metros acima do nível do mar, o que a presenteia com um visual maravilhoso. É também a “cidade da música” e, curiosamente, abriga um auditório desenhado por nosso arquiteto Oscar Niemayer. No outro extremo, Sorrento já não faz mais parte da Costa Amalfitana, mas serve de base para muita gente que faz o percurso. É uma cidade maior, com boa infraestrutura e uma atração especial: Il Vallone dei Mulini, uma ruína secular coberta por vegetação localizada em meio a uma ravina. Capri também não faz parte da Costa Amalfitana, mas pode ser visitada facilmente de barco a partir de qualquer um dos destinos anteriores. A ilha tem muitas riquezas naturais, a começar pela água cristalina e a Grotta Azzurra, uma caverna marinha incrível.
- Puglia
Fora do eixo convencional, Puglia é um destino para quem está cansado de explorar as cidades cheias de atrações óbvias e turismo em massa. Esse pedacinho rústico no sul do país é uma terra de prazeres simples e, nem por isso, pequenos. Oliveiras centenárias pontilham montanhas; os mares Adriático e Jônico banham praias incríveis; povoados fortificados vão criando a atmosfera; enquanto frutos do mar, pães, oriecchietti (massa em forma de orelhinha) e vinho Primitivo preenchem as mesas fartas…
A capital Bari é o ponto de partida para percorrer a região. O centro histórico é fortificado e esbanja a atmosfera única dali, com senhorinhas dando forma aos oriecchietti no meio da rua e roupas sendo penduradas nas janelas das casas coloridas. Pela estradinha E-55, lindas paisagens vão se descortinando até chegarmos aos povoados. Polignano al Mare é uma vila medieval suspensa no mar, em um território marcado pela erosão. A praia diminuta surge no meio de imensos blocos de rocha e as pedrinhas tomam o lugar da areia. É na vila também que fica o imponente Grotta Palazzese, um restaurante sofisticado com meses à luz de velas dentro de uma gruta! Mais adiante, Alberobello é um município com apenas 10 mil habitantes – lá, todas as residências são trulli, antigas construções de pedra com telhado cônico. Parece ter parado no tempo. Lecce é maior e mais rica, conhecida até como a Florença do Sul por conta de seu deslumbrante centrinho em estilo barroco. Ostuni é outro povoado de casinhas brancas, com restaurantes maravilhosos de frente para o mar.
- Sardenha
A natureza já havia sido caprichosa aqui, mas os italianos foram além e transformaram o balneário num dos destinos mais sofisticados do Mediterrâneo.
As praias mais famosas ficam ao norte, caso das imperdíveis Porto Taverna, Cala Farfalla, La Cinta e Spiaggia del Principe. Já Porto Cervo é o reduto luxuoso, o canto mais badalado e cheio de iates. No centrinho, grifes como Prada, Armani e Versace têm lojas com produtos exclusivos. Outros pontos também são destaque: o Golfo de Orosei ou o Arquipélago La Maddalena,
por exemplo, é forte candidato à paisagem mais bonita da ilha. São 32 quilômetros de grutas e praias banhadas por um mar azul maravilhoso. Por lá, é obrigatório visitar as piscinas naturais entre Budelli e Santa Maria, de onde se vê a Córsega francesa.
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