O País Basco se encontra no norte da Espanha, entre vales e praias contornadas por montanhas, é um dos destaques. Banhado pelo Atlântico e resguardado pela Sierra Cantábria, o destino tem orgulho de sua cultura, mantendo um nacionalismo forte e até mesmo uma língua própria (o euskera).
Parte dessa identidade, elementos como a gastronomia e a arte permitem aos visitantes experiências surpreendentes. Unir ambos os temas numa viagem só é o tipo de perfeição que a gente quer! Não é exagero dizer que o País Basco é o responsável pela maior revolução culinária de todos os tempos na Espanha. Por ali se espalham os chefs que transformaram suas cozinhas em verdadeiros laboratórios, compondo pratos complexos, com novas texturas, formas e sabores.
A PREMIADA GASTRONOMIA DE SAN SEBASTIÁN
A cidadezinha de San Sebastián é casa de alguns dos restaurantes mais celebrados do mundo, premiados com nota máxima pelo guia Michelin. Dois exemplos são o Akelare, do chef Pedro Subijana, que reinterpreta receitas bascas usando elementos especiais como espumas, gelatinas e pedras quentes; e o Arzak, de Juan Mari Arzak, outro pioneiro da cozinha tecnoemocional basca, que é o suprassumo da criatividade sensibilizando qualquer comensal que passe por suas mesas.
Ainda parte da culinária de renome estão os bares de pintxo, que são as tapas da região. Um dos programas preferidos das noites bascas é fazer um circuito pelos bares degustando essas porções que podem incluir os tradicionais espetinhos, croquetes, anchovas, elaborações com frutos do mar e cogumelos.
Cada refeição por lá é uma experiência única, ainda mais quando acompanhada de um bom rótulo dos vinhedos La Rioja. Ali na região, às margens do rio Ebro, enfileiram-se vinícolas de design moderno como Ysíos, Tondonia, Marqués de Riscal, que costumam produzir tintos maravilhosos, especialmente com as uvas Tempranillo e Garnacha.
BILBAO: DA ARQUITETURA AO SEU CÉLEBRE MUSEU
Mas a culinária não é a única arte que se destaca na região. Bilbao, por exemplo, é uma concentração de edifícios referência. Em um trajeto de menos de um quilômetro tem-se prédios de quatro vencedores do prêmio Pritzker, uma espécie de Nobel da arquitetura: Frank O. Gehry (Museu Guggenheim de Bilbao), Rafael Moneo (Biblioteca Deusto), Álvaro Siza (Salão Nobre da Universidade) e Norman Foster (entradas das estações do metrô).
O Museu Guggenheim Bilbao em específico é um espetáculo à parte, mal dá para acreditar que Frank O. Gehry foi capaz de construir uma estrutura tão pioneira, cheia de curvas e formas recobertas de titânio. Não à toa dizem que o nascimento do museu revolucionou a dinâmica da cidade, que passou a receber um fluxo intenso de apreciadores dos quatro cantos do mundo.
Fazendo jus à grandiosidade do edifício, quem caminha pelo lado de fora se depara com esculturas potentes: obras de Louise Bourgeois, Jeff Koons e Anish Kapoor. E a cereja do bolo são as obras expostas dentro das instalações do museu, um dos mais reconhecidos do mundo em artes contemporânea e moderna. Não espere menos do que artistas como Andy Warhol, Richard Serra e Mark Rothko!
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